
Autor: Alberto Federman Neto. AFNTECH.
Ampliado e atualizado em 12 de Agosto de 2020.
Se você está lendo este Artigo, eu suponho que você, como eu, se interesse por assuntos como Ciência e Tecnologia, História da Ciência, Química, Eletrônica etc…
Você poderia perguntar: “Como Você Encontra os Links, Textos, Papers, Artigos, Imagens, Livros de Domínio Público, que Cita aqui no Blog e em Seus Trabalhos?“.
Vamos ver como e onde?
A imagem que ilustra este Artigo é uma réplica de um antigo microscópio ótico composto, tipo dos construídos pelo Inglês Robert Hooke, em 1665. O microscópio composto fora inventado por dois irmãos, fabricantes de lentes, Holandeses, Hans e Zaccarias Jansen, em 1595 , mas não parecia com os atuais (Veja este Link). Fonte da Imagem. Blog Do Enem. Um aparelho semelhante foi o que Robert Hooke usou para descobrir a célula.
HOOKE, R. “Micrographia, or Some Physiological Descriptions of Minute Bodies.”, Monografia, 1665. Editores: MARTYN e ALLEFTRY, Royal Society, 1665. Link 2.
Com um microscópio simples, e não composto, e de lente única, quase uma lupa, o Holandês Antoine Van Leeuwenhoek, descobriria os microorganismos, em 1670, e os glóbulos sanguineos, em 1674.
O presente Artigo reporta e sumariza informações sobre como se pode fazer para encontrar referências bibliográficas para artigos científicos e técnicos, com vários exemplos nas áreas de Química, Farmácia, Eletrônica e História da Ciência.
Se você quiser publicar Artigos, Livros etc… sobre os assuntos relacionados ao meu Blog. estas informações podem ser úteis.
1. SITES INTERNACIONAIS.
1.A. BNF, “Bibliotèque Nationale de France:”, e relacionados:
Site que sempre recomendo, porque ele tem muita coisa! milhares e milhares de documentos.
É o Site da BNF, Bibliotèque Nationale de France, Biblioteca Nacional da França. Acesso ao Catálogo Geral.
Recursos Científicos e Tecnológicos são achados principalmente na sessão Gallica, antiga Bibliotèque Numerique Gallica. Biblioteca Númerica Gallica.
Vamos dar alguns exemplos?
Acesse este Link, vá em “Tout Gallica” e pesquise “Pilhas Elétricas”, “Piles Électriques”. Encontrará o Antigo Livro do Alemão HAUCK, W.P, Tradução Francesa de FOUNIER, G. ” Les Piles Électriques, Thermo-Électriques e les Accumulaters.” (1885). e outros livros. Clique no texto. e pronto, o Livro inteiro, de domínio público e digitalizado.
Procurando nos Livros, achará “Alexandre Volta” e encontrará a “Pilha de Volta”, a invenção da pilha… APS, American Physical Society, News, 15, 3 (2006).
A partir desse site da BNF, e após criteriosa pesquisa, você poderá achar que o artigo original da Pilha de Volta, foi publicado em: VOLTA, A. Phil. Trans. Roy. Soc. London, 90, 403 (1800).
Acessável neste Link. e também no JSTOR (um site que discutirei oportunamente). VOLTA, A. “On the Electricity Excited by the Mere Contact of Conducting Substances of Different Kinds.” Phil. Trans. Roy. Soc. London, 90, 403 (1800). Também citado em: The Free Library. Canadian Chemical News. “Bicentennial of Alessandro Volta’s Invention of the Electrical Pile” (2000).
Achamos o Artigo da Pilha de Volta.
Agora vejamos mais um exemplo, usando o Site da BNF. Procurando por “Arnaud de Villeneuve“, achamos a Obra: “Nova de Somniorum Interpretatione. “ “Uma Nova Interpretação dos Sonhos” . Um Raro Manuscrito (em Latim) desse Autor, o famoso Alquimista e Médico Catalão Arnaldo de Vilanova. Ele viveu entre 1238 e 1311, mas a obra é uma Monografia Recompilada, de 1488. Ele foi um famoso Médico influenciado por Galeno (VILLANO, R. “Études, Traitement e Utilization des Simples au Début de L’Âge Moderne” At. Mem. Acad. Stor. (2013) )
Também um dos “Pais da Ecologia” , porque acreditava que o ser humano deveria preservar o ambiente.
Mais um exemplo. Agora um pouco de Química, minha área.
Procurando na BNF pelo periódico científico Francês “Comptes Rendus Hebdomadaires de Séances de L”Academie de Sciences “, e refinando a busca, encontramos alguns trabalhos clássicos e históricos da Química:
A descoberta do elemento químico Polônio, a de outro elemento, o Rádio, e a descoberta da Radiatividade. (CURIE, P.; DEBIERNE. M.A. Compt. Rend. Seanc. Acad. Scienc. 150, 386, 1910) ( SKOLODOWSKA CURIE, M. Compt. Rend. Acad. Scienc. 126, 1101, 1897) (CURIE, M.P; CURIE, P.; BÉMONT, P. Compt. Rend. Acad. Scienc. 127, 1215, 1897) (CURIE M.P.; CURIE, M.S. Compt, Rend. Acad. Scienc. 127, 175, 1897) (BEQUEREL, H. Compt. Rend. Acad. Scienc. 123, 112, 1896 e ref. cit).
Mais um exemplo. A famosa reação de Grignard, dos Livros de Química Orgânica, com os organometálicos de magnésio. Referência original de 1900, achada na BNF. Do Químico Francês François Auguste Victor Grignard. Reação tipo Grignard, moderna, em água CHAO, J.L. “Aqueous Barbier-Grignard Type Reactions……” Tetrahedron, 52, 5643, 1996.
URBANSKI, T. “Barbier-Grignard, Explosive Reaction.”, Chem. Brit., 191, 1976. SYNFORM, A155, 2018. GRIGNARD, M.V. “Sur Quelques Nouvelles Combinasions Organométaliques du Magnesium et Leur Application à des Synthèses D’Alcools et D’Hydrocarbures.”, Compt. Rend. Seanc. Acad. Scienc. 130, 1322, 1900.
Esses exemplos mostram como usar o site da BNF, Gallica, para localizar informações técnicas e científicas.
Há outras bibliotecas que disponibilizam documentos online, Como a Biblioteca da Inglaterra, British Library.
Em um exemplo…. buscando por “benzenes”, e navegando, ela linca com a Universidade de Edinburg, Irlanda, e trás uma tese sobre a estrutura eletrônica dos benzenos. Link 1, Link 2. MOYES, W.; PALMER, H.H. (OIrientador) “Electronic Structure of Substituted Benzenes” Tese Apresentada para Obtenção de Título de Doutor em Filosofia. Universidade de Edimburgo, Irlanda, 1977.
Em um outro exemplo, nessa Biblioteca, procurando “Chemistry” na sessão “Archives and Manuscripts” encontramos os cadernos de anotações de laboratório (1811-1815) do Cientista Inglês William Henry Fox Talbot, um dos pioneiros da fotografia, 1835, junto do Francês Louis Jacques Mandé Daguerre.
Também os Artigos Científicos de Talbot podem ser acessados. Patentes e Artigos desses inventores da fotografia: TALBOT, W.H.F. “Improvements in Fotographic Pictures.” Patente Americana, US5171A, 1847. Talbot reportou ser o inventor da fotografia em, 1839. Em papel, foi! Mas DAGUERRE e Niepce, foram pioneiros pois Daguerre já havia obtido suas primeiras placas, do Daguerreótipos, em 1826. Daguerre oficialmente reporta a Fotografia no mesmo ano de 1839: DAGUERRE, “Historique e Description des Procédés di Daguerréotype r du Diorama.” Sússe Fréres Editeur, 1839.
A Royal Society (Link 2) (Link 3), Sociedade Real da Inglaterra, também tem um Banco de dados para reações, literatura, compostos químicos, periódicos etc… Veja: Journal and Books Databases e Collections and Archives of Royal Society.
Em um exemplo, veja o Artigo sobre uma carta do Filósofo Natural Italiano Galileo Galilei ao Matemático, também Italiano, Antonio “Benedetto” Castelli, em 1613. CAMEROTA, M.; GIUDICE, F.; RICCIARDO, S. “The Reapperance of Galileo’s Original Letter to Benedetto Castelli,” Royal Soc. J. Hist. Scienc., Notes Rec. 73, 11, 2019.
Nessa carta, Galileo (no Brasil, às vezes, chamado Galileu) aceita e discute o famoso e real Sistema Heliocêntrico (a Terra gira ao redor do Sol), do Polonês Nicolau Copérnico, em contraposição aos sistema Geocêntrico do Filósofo Grego Cláudio Ptolomeu (que era aceito pela Igreja).
Também partindo da Royal Society, achamos um interessante artigo Histórico, 1877, estudando a reação do ácido nítrico com os metais. O metal reduz parte do ácido nítrico, produzindo um ou mais óxidos de nitrogênio, (dependendo da diluição). A reação é hoje muito usada, por nós Químicos, para preparar nitratos de metal. ACWORTH, J.J; ARMSTRONG, H.E. “Communications from the Laboratory….” J. Chem. Soc. 0, 54, 1877.
1.B. Wikipedia:
Tomemos um exemplo, agora da área de Farmácia. Um clássico medicamento, a Tintura de Iodo. vamos supor que você queira pesquisar a História dela, que a inventou.
Sim, uma fonte é a Wikipedia! Tenha em mente que ela é uma enciclopédia; Não deve ser usada como fonte de informação principal, nem única, mas pode ser interessante informação de entrada, começar por ela.
Procuremos pela Tintura de Iodo na Wikipedia e encontraremos.
Veremos as informações dos trabalhos do Cirurgião Inglês John Lionel Stretton (busca por esse nome na rede, traz ainda mais informações). Veremos que ele usou a tintura de iodo como antisséptico, no início do século XX.
Mas busquemos e cruzemos mais informações e voltemos um pouco à BNF (Item 1.A). Encontraremos que a tintura de iodo já era conhecida antes, em 1828. Citação:
DAY, H.Teinture D’Iode contre les engelures. Lancette Française, 1828, tome 1, Page 304.
Citação encontrada em Livro na BNF : TITON, “Recherches Cliniques et Expérimentales su L”Absorption e la Valeur Thérapeutique de Preparations Iodées.” Editora Victor Masson, Paris, 1854. Ver também: GILLE, F. “Monographie Thérapeutique e Pharmacologique de L’Iodure de Fer.” Editor Chez Labè, Faculté de Médicine, Paris, 1856.
Cruzando informações gerais da Internet, da BNF, da Wikipedia, e de outro site do qual falarei (archive.org) Chegamos a uma pequena História da Tintura de Iodo e preparações relacionadas:
O elemento iodo, a substância iodo, foi descoberta pelo Químico Francês Bernard Courtois, em 1811. Estudado em detalhes por Gay-Lussac ( Link 2 , 3), Ampère e Humphy Davy até 1819. (MARSHALL, J.L.; MARSHALL, V. “Courtois and Iodine”, Hexagon 72, 2009). Foi Gay-Lussac quem descobriu que o iodo era um elemento químico novo (1814) e Humphy Davy reportou que os vapores eram roxos.
Foi usado na forma de tintura de iodo forte, no tratamento da gota e de lesões de pele tuberculosas e sifilíticas em 1819 (e em uso interno, para Gota) pelo Médico Suiço Jean François Coindet. (COINDET, J.F. COINDET, I.R (Tradutor) “Observations of the Remarkable Effects of Iodine.” Editora. Longmans, London, 1821) (BLANC, E. “Quérison Radicale des Maladies Cutanés.”, Monografia, 1835). COINDET, J.F. “Decouverte d’un Nouveau Remede Contre le Goitre.” Ann. Clin. Phys., 15, 49, 1820. Citado por: ABRAHAM, G. “History of Iodine in Medicine.”, 2019.
Em 1908, a tintura de iodo foi usada pelo Cirurgião Croata Antonio Grossich. A Tintura de Iodo fraca, 2 % , base da moderna formulação, foi introduzida pelo Médico Inglês Lionel Stretton, em 1909. Em 1914, já estava na prática médica corrente (WALTHER, C, Désinfection de la Peau par la Teiture de Iode. Editor Henri Charles Lavauzelle, Paris 1914 ).
Tintura de Iodo, fórmulas Modernas (Livros, Exemplares do Autor): “Tintura de Iodo Fraca”, Farm Bras. , 2a Edição, Vol. 2, 712, Indústria Gráfica Brasileira, São Paulo, 1959 ; LUCAS, V. “Formulário Médico-Farmacêutico Brasileiro.” , 2a Edição,, 464 , Editora Científica, Rio de Janeiro, 1959 ; HISCOX, G.D.; HOPKINS, A.A. “Recetario Industrial”, 2a Edição, 1155, Editora Gustavo Gili, Barcelona, 1951. Você pode achar Farmacopéias, aqui.
Para ilustrar o Artigo, esta é uma foto (Câmera Digital Kodak EasyShare C195) de um antigo frasco de rolha esmerilhada para laboratório dos anos 50 (pertenceu a meu Avô). No frasco, Tintura de Iodo Farm. Bras. II, que eu mesmo preparei:

Uma outra solução de iodo, para uso Médico, é o Líquido de Lugol, desenvolvido pelo Médico Francês Jean Guillaume Auguste Lugol, em 1829. Ele a usava para tratar, interna e externamente a tuberculose (LUGOL, J.G.A Troisième Mémoire su L”Emploi de L’Iode dans Les Maladies Scrofuleuses.” Editor, J.B Baillière, Paris, 1831). È extensamente usado em um método para coloração diferenciada de bactérias, o Método de Gram (GRAM, H.C.J. “Uber die Isolirte Farbung der Schizomyceten in Schinitt und Trockenparaparaten.” Fortsch. Medizin, 2, 185 (1884). Do Bacteriologista Dinamarquês Hans Christian Gram.
Voltemos às referências… Este Artigo não tem como objetivo a História da Tintura de Iodo, mas é apenas um exemplo, de como pode-se usar a Wikipedia, em conjunto com a BNF (Item 1.A).
De maneira relacionada, outro medicamento antigo, o Mercurocromo. Merbromino Começando na Wikipedia, procurando informações na BNF e na Internet.
Encontramos o Artigo de YOUNG, M.M.; WHITE, E.C.; SCHWARZ, E.O. Union Pharm., 61, 196, 1920, que cita que ele foi introduzido na prática médica em 1919. Aí, cruzando e procurando mais informação , exemplo, encontramos o Artigo: YOUNG, H.H.; WHITE, E.C.; SWARTZ, E.O. J. Am. Med. Assoc., 73, 1483, 1919.
Buscando mais informação, encontramos a síntese química do Mercurocromo: WHITE, E.C. J. Am. Chem Soc. 42, 2355, 1920. Material de Partida, Dibromofluoresceína, síntese otimizada: ORNDORFF, W.R.; HEMMER, A.J. J. Am. Chem. Soc. 49, 1272, 1927. A Fluoresceína, já era conhecida em 1876 (RUMPFF, C. Am. J. Pharm. 375, 1876).
Esses dois exemplos, Tintura de Iodo e Mercurocromo, mostram como se pode usar informações obtidas inicialmente na Wikipedia, com ou sem uso da Internet e do Site da BNF, para encontrar referências para Artigos de História da Ciência.
Mais um Exemplo, começando pela Wikipedia, Achamos o Artigo Original do medidor de radioatividade, o “Contador Geiger“: RUTHERFORD, E. GEIGER, H. “An Electrical Method of…” Proc. Roy. Soc., A, 81, 141, 1908. Modificado por Muller, em 1928. GEIGER, H.; MULLER, W. “Elektronenzahlrohr zur Messung schwachster Aktivitaten” “Válvula Eletrônica Contadora de Radioatividade Fraca” (Tradução Livre), Naturwisschaften, 16, 617, 1928.
1.C. Buscadores de Internet e Google Scholar:
Outra fonte de referências diversas: A Internet, através do conhecidíssimo Google. Você pode usar como fonte de referências inicial. Claro, precisa ter conhecimento suficiente para filtrar o que serve e o que não serve.
Além do Google, existem muitos outros buscadores (veja este antigo Artigo meu), exempĺos, o Bing, Ecosia, BigBusca, Yahoo, StartPage,WebCrowler,WolframAlpha, TheInfo, Info, MetaCrowler,Baidu, Ask, Yandex, Search, DogPile, Excite, MetaSearch, Kartoo, InCrawler, VRoosh, UnaBot, Draze, Yippy, AllPlus , Aonde,Buscar, Achei, Cranik, Exploora, Yandex, SearchEngineIndex, etc… Um dos que mais uso é o DuckDuckGo (não rastreia o usuário). Alguns são Meta Buscadores, buscam em vários outros buscadores ao mesmo tempo.
Lembrando, os resultados são os mesmos, portanto, não precisa usar mais que um… Escolha o que você gosta e manda ver! Como eu disse acima, recomendo, experimentem o DuckDuckGo.
Vocẽ pode iniciar a busca das referências através de um desses buscadores comuns, acima.
Para uso Científico e Técnico, também existe o Google Scholar, no Brasil ele se chama Google Acadêmico.
Vamos à pesquisa. Vamos supor que você vai pesquisar a Tabela Periódica dos Elementos Químicos… Entre no buscador, com “Periodic Table” e com “Tabela Periodica”. achará muitos links, cito só alguns: 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8 9. Ficará sabendo coisas interessantes, por exemplo, agora em 2019, a Tabela Periódica já tem 118 Elementos Químicos. Pesquisas estão levando aos elementos 119 e 120 .
Interessante Artigo na revista Galileu sobre as mulheres envolvidas na pesquisa da tabela periódica e na descoberta de alguns elementos transurânicos.
Vamos agora refinar e melhorar nossa pesquisa. Vamos ao Google Scholar. Busque por “Periodic Table History”. Aparecem interessantes trabalhos.
Verá por exemplo, que alguns pesquisadores consideram que embora a tabela períódica, apesar de predizer as propriedades dos elementos químicos, se reveste ainda de um certo grau de Empirismo. Veja: NIAZ, M.; RODRIGUEZ, M.A.; BRITO, A. Stud. Phil. Scienc. 35, 271, 2004 e LEITE, H.S.A., PORTO, P.A. Quim. Nova, 38, 580, 2015.
Isso porque a Tabela Periódica pode predizer propriedade químicas em função da Teoria Atômica, mas esta não existia ainda! Foi desenvolvida apenas após a descoberta dos raios catódicos e do elétron, por THOMSON (1897) e começa a ser estudada mais a fundo, no século XX, por RUTHERFORD (1911), BOHR (1913) e MOSELEY (1913).
Cruzando a informação do Google Scholar com buscadores comuns, foram fácilmente achados os “Papers” originais: THOMSON, J.J. Phil. Mag, 44, 293, 1897; RUTHERFORD, Phil. Mag. 21, 669, 1911; BOHR, N. Phil. Mag. 26, 476, 1913; MOSELY, H.G.J. Phil. Mag. 26, 1024, 1913.
O Químico Russo Dmitri Ivanovitch Mendeleev, (em Português e Inglês, as vezes, chamado Mendeleiev), publicou sua tabela periódica em 1869: MENDELEEV, D. Zeitsch. Chem. 12, 405, 1869. Tradução para Inglês de GIUNTA, C..
Antecederam e influenciaram Mendeleev, para fazer a tabela periódica, algumas antigas, famosas e interessantes classificações dos elementos químicos:
As “Tríades” de Dobereiner, pelo Químico Alemão Johann Wolfgang Dobereiner , e as “Oitavas” de Newlands pelo Químico Inglês John Newlands, e o “Parafuso Telúrico” (outro Link) do Geólogo Francês Alexandre-Émile Béguyer de Chancourtois . Outro Link. Link 2.
NEWLANDS, J.A.R Chem News, 12, 83, 1865 (Outro Link); CHANCOURTOIS, M.B. Compt. Rend. Acad. Scienc. 54, 757, 1862 ; DOBEREINER, J.W. Ann. Phys. Chem. 15, 301, 1829. Tradução para Inglês.
Veja também: SILVA, A.L.S. “Lei Periódica, as Tríades de Dobereiner”, 2019; “Organized Elements by Atomic Weights,” ; ALLEN, D. “Finding The Periodic Table”, 2019 ; WANG, S.G.; SCHWARZ, W.H.E. Angew. Chem. 48, 3404, 2009; MAAR, J.H.; LENARDÃO, E.J. Quim Nova, Cie. Stud. 10, 773, 2012 ; TOLENTINO, M.; ROCHA Filho, R.C.; CHAGAS, Quim. Nova, 20, 103, 1997; TARGINO, A.R.L.; BALDINATO, J.O. Quim. Nova Esc. 38, 324333, 2016.
Esses “papers” foram encontrados a partir da busca usando o Google Scholar.
A Dobereiner se deve outra interessante invenção: Ele inventou o primeiro isqueiro, a “Lâmpada de Dobereiner“em 1823. WILLIAMS, W.D. Bull. Hist. Chem. 24, 66, 1999.
Os “papers” originais da Lâmpada de Dobereiner: J.W. Dobereiner,]. Chem. Phys. , 1823, 38, 321-326; J.W. Dobereiner, Ann. Phys. , 1823, 74, 269-273; J.W. Dobereiner, 1823, Ann. Chim. Phys., 1823, 24, 91-96. Tais como citados por: MARSHALL, J.R.; MARSHALL, V. Hexagon, 50, 2007. Veja também: KAUFMANN, G.B. Plat. Metal Rev. 43, 122, 1999. COLLINS, P.M.D. Platinum Met. Rev. 30, 141, 1986.
Os artigos citados acima, referentes à Tabela Periódica dos Elementos Químicos e relacionados, foram todos encontrados a partir de buscas no Google Scholar, o que mostra a utilidade desse buscador de literatura científica.
Experimentemos em Português com o Google Acadêmico… Use as palavras chave “tabela periódica, mendeleev, newlands e dobereiner” . Veja quanta coisa você acha.
1.D. Patentes:
Suponha que você queira achar agora, Patentes de Tecnologia, Química etc…
Um bom Site para pesquisar Patentes é o Google Patents. Em um exemplo, procurar a Patente do aparelho de rádio moderno, o Superheteródino.
Facilmente são achadas as patentes do Engenheiro Americano Edwin Howard Armstrong, inventor dos rádios regenerativos e superheteródinos e um dos inventores dos heteródinos. Também a FM, Frequência Modulada, foi inventada por ele em 1933.
ARMSTRONG, E.H. “Method for Receiving High Frequency Oscillations.” Patente Americana, US1342885A, 1920. ARMSTRONG, E.H. “Radiosignaling” Patente Americana, US1941068A, 1933.
O Francês Lucien Lévy, havia inventado a “superheterodinação” (sobrepor uma frequência intermediária sobre a frequência de rádio principal), em 1919.
Os circuitos superheteródinos foram modernizados por John Joseph Yoles, em 1937, e são a base dos modernos rádios de AM. YOLES, J.J “Superheterodyne Receiver.” Patente Americana, US2102401A, 1937.
Em um outro exemplo, na área de Farmácia. Uma busca pelo termo “Aspirin”, leva a uma patentes de métodos modernos de produção aspirina. STOOSER, W.C.; SURINE, W.R. “Process fo Production of Aspirin.” Patente Americana, US2987539A, 1961. HANDAL-VEGA, E.; LOUPY, A.P.D.; GARCIA, J.M.C “Synthetic Procedure for the Manufacture of Aspirin” Patente Americana, US6378014B1, 2001.
Há outras maneiras de localizar patentes: EPO (European Patent Office), Patentscope, Espacenet, Outros Bancos de Dados de Patentes.
1.E. SciFinder:
Cito também a mais importante fonte de referências em Química, o SciFinder, da “American Chemical Society“.
É a mais importante, porque é a mais completa, cobre Artigos, Papers, Patentes, Manuscritos, Teses etc… Se você não achou nada de alguma Química no SciFinder, pode considerar essa Química nova e inovadora, assunto para uma Tese.
Advirto porém que a versão digital é paga, e só é acessada em Bibliotecas de Universidades e Institutos de Pesquisa, e algumas emprêsas grandes. A versão impressa também é paga pelas Bibliotecas. Você pode achar, por exemplo, em São Paulo, Capital, na Biblioteca do Instituto de Química. Link 2, na Cidade Universitária.
O SciFinder se originou, da antiga versão impressa, o Chemical Abstracts. . Começou em 1907 e a versão impressa durou até 2009. POWELL, E.C. “A History of the Chemical Abstracts.” Scienc. Tech. Lib. 18, 93, 2000.
Parecido com o Chemical Abstracts e o SciFinder, foi um antigo (início 1830) serviço de indexação Alemão, o Chemisches Zentralblatt. Ele é excelente para achar literatura antiga ou histórica, mas todo ele está na forma impressa. Terminou em 1965. Por exemplo, a Biblioteca do Conjunto das Químicas, no Instituto de Química da USP, tem.
Vamos usar um exemplo de Química de Pesquisa, bem nova?
Procurando no SciFinder, por “ferricenium” ou “ferrocenium”. “Ferricínio” em Português. Um importante cátion de ferro(III), derivado do organometálico ferroceno. Composto que estudo desde minha Tese de Doutorado.

Encontro um excelente Artigo, relativamente novo, de 2016. do conhecido Químico Francês Didier Astruc da Universidade de Bordeaux, França; Ele é famoso em minha Área e especialidades de Pesquisa.
No interessante Artigo, Astruc dissolve ferroceno [(C5H5Fe(ChH5)] em éter, e com a solução, reduz ácido tetracloroáurico (HAuCl4) aquoso. Isso forma nanopartículas de ouro, úteis em Catálise, Medicina, Biotecnologia e diversas outras aplicações tecnológicas. Nanotecnologia.
Ferroceno é o redutor, se oxida a ferricínio. o composto de ouro é o oxidante, se reduz a ouro metálico.
Querendo conhecer mais sobre Ferroceno (Links: 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10 , 11 , 12 , 13 , 14) e/ou Ferricínio (Links: 1, 2, 3, 4, 5 , 6, ).
Descoberta do Ferroceno: KEALY, T.J. PAUSON, P.L. “A New Type of Organo-Iron Compound.” Nature, 168, 1039, 1951. MILLER, S.A.; TEBBOTH, J.A.; TREMAINE, J.F. “Dicyclopentadienyliron” J. Chem. Soc., 632, 1952. Veja também: LAZLO, P.; HOFFMAN, R. Angew. Chem. Int. Ed. 39, 123, 2000.
Descoberta do Ferricínio, mesmo Artigo onde a estrutura do ferroceno foi reportada: WILKINSON, G.; ROSEMBLUM, M.; WHITING, M.C.; WOODWARD. R.B. “The Structure of Iron Bis-Cyclopentadienyl” J. Am. Chem. Soc., 74, 2125, 1952.
Química de Ferroceno foi meu assunto para Tese de Doutorado. Até hoje, pesquiso organometálicos, principalmente.
A Descoberta das nanopartículas de ouro... Não eram chamadas por esse nome, mas sim como “ouro coloidal” ou “Púrpura de Cassius”. As nanopartículas de ouro são conhecidas a muito tempo.
Pela primeira vez obtidas pelo Alquimista e Médico Alemão Andreas Cassius, em 1666. Reestudadas pelo Alquimista Alemão Johann Von Lowenstern Kunchel, em 1676. Pesquisadas com rigor científico só após Michel Faraday em 1850.
Os nomes tipo: “Nanotecnologia” e “Nanopartículas”, só surgiriam em 1974, com o Japonês Norio Taniguchi , mas a Nanotecnologia só se consolida após os anos 80, com o Engenheiro Americano Kim Erik Dressler.
Esses exemplos ilustram como usar o SciFinder, lembrando que ele é pago e não está disponível em todos os locais.
1.F. Bancos de Dados Diversos:
Existem também vários Bancos de Dados para acessar referências bibliográficas científicas. Porém alguns deles são pagos e são acessáveis somente por pesquisadores das Universidades e Institutos, mas devem ser citados por sua importância, e porque alguns deles também tem conteúdo de acesso Livre.
O mais conhecido dos Bancos de Dados Científicos online.
Por exemplo, usando o ScienceDirect, encontramos na revista Científica Livre “Modern Electronic Materials.” um Artigo recente sobre novos materiais luminescentes usáveis em tecnologia de LEDs: POLYAKOV, A.Y. e cols. “Structural Electrical and Luminescent Carachteristics of Ultraviolet Light Emiting Structures…” Mod. Elect. Mat. 3, 32, 2017.
Um outro exemplo simples: No ScienceDirect, localizei um artigo novo sôbre novos solventes não inflamáveis para compostos organometálicos (é minha Área de Pesquisa principal, organometálicos). A revista é o famoso periódico científico de Química Orgânica Tetrahedron Letters: MALINSKI, T.J.; BERGBREITER, D.E “Safer Solvents for Reactive Organometallic Reagents.” 59, 3926, 2018,
É uma outra importante fonte de referências em Ciência. Link 1 e Link 2.
Em um exemplo, usando o Scopus, localizei um interessante Artigo sôbre organometálicos do tipo metal areno como anti tumorais. Metal Arenos é uma das minhas especialidades de Pesquisa, a principal, aliás. A Revista é RSC Advances, Royal Society of Chemistry Advances. ZAKI, M.; HAIRAT, S.; AAZAM, E.S. RSC Adv. 9, 3239, 2019.
Em um outro exemplo, usando o Scopus, localizei uma revisão de um método de preparação de organometálicos por condensação a frio entre vapor de ligante e vapor de metal, chamado “Críosintese” ou Síntese pro Átomo Quente, “Hot Atom Synthesis“. KHARISOV, B.I; GARNOVISKII, A.D.; BLANCO, L.M.; BURLOV, A.S.; GARCIA-LUNA, A. J. Coord. Chem. 49, 113, 1999.
Outro Artigo interessante achado com o Scopus: Uma revisão de Síntese Química mediada por microondas. Trabalhei um pouco com isso também. BELWAL, S.; Mod. Chem. 1, 22, 2013.
Outro importantíssimo Banco de Dados é o MedLine, principalmente em Medicina e Farmácia. Acessável através do PubMed.
Também pode ser acessado a partir de Bancos de Dados Brasileiros, como veremos no Item 2B. MedLine acessado a partir de site Espanhol.
Em um exemplo geral procure no PubMed, por “NaSH” e achará muitos Artigos,
NaSH é o sulfidrato de sódio, sulfeto ácido de sódio, im composto doador de sulfeto de hidrogênio, usado em Farmacologia. Também trabalhei com sulfidrato de sódio. DAL-SECCO, D.; CUNHA, T.M.; FREITAS, A.; ALVES-FILHO, J.C.; SOUTO, F.O,; FUKADA, S.Y.; GRESPAN, R. ALENCAR, N;M.; NETO, A.F.. ROSSI, M.A.; FERREIRA, S.H.; HOTHERSALL, J.S.; CUNHA, F.Q. “Hydrogen Sulfide Augments…” J. Immunol. 181, 4287, 2008. FREITAS, A.; ALVES-FILHO, J.C; SECCO, D.D.; NETO, A.F.; FERREIRA, S.H.; BARJA-FIDALGO, C. ; CUNHA, F.Q. “Heme_Oxygenase/ Carbon Monoxide-Biliverdin Patway…” Brit. J. Phamacol. 149, 345, 2006.
Outro Banco de Dados é o Web of Science. Antigamente era mais importante até, do que o ScienceDirect.
Em um exemplo simples, quero achar trabalhos clássicos e antigos, sobre os picratos…
Faça uma busca por “picrates” encontrará muitos artigos, dos quais destaco alguns, sobre determinação colorimétrica de picratos e síntese de picratos metálicos e picratos de terras raras. Indo depois ao Portal CAPES (Item 2.B) consigo baixar os artigos originais: DEHN, W.M.; BALL, A.A. J. Am. Chem. Soc. 39, 1381, 1917. DENNIS, L.M.; BENNETT, C.W. J. Am. Chem. Soc. 34, 7, 1912. SILBERRAD, O.; PHILLIPS, H.A. J. Chem. Soc. Trans. 93, 474, 1908.
Este último artigo é muito clássico. Eu trabalho bastante com ácido pícrico e picratos. Também picramatos, que são picratos onde um dos grupos nitro é reduzido. Artigo localizado com Web of Science: AGRAWALL, S.P.; AGRAWALL, J.P. Indian J. Chem., 7,1264, 1969. Texto completo não achado.
Outros Bancos de Dados Internacionais:
Há mais locais onde você eventualmente pode busca referências de muitos artigos e livros antigos e digitalizados:
Directory of Open Acess Journals; ResearchGate; Academia.Edu; JSTOR e Archive.Org. Biblioteca Digital Mundial, multilingue. Tambem em WorldCat. LindaHall.Org e HatHitTrust Babel. O Projeto Gutenberg coleta e gera muitos E–Books e HTMLs de Livros Antigos e Clássicos.
Exemplos de aplicação. No JSTOR, achei a descoberta de duas luas de Saturno, em 1671-1672, publicado em 1686, pelo Astrônomo Italiano Giovanni Domenico Cassini. CASSINI, G.D Phil. Trans. 16, 79, 1686.
Outro Artigo interessante no JSTOR. Uma reprodução de um antigo Artigo de Galileo Galilei de 1633: “Abjuratio Galilei” Publ. Astron. Soc. Pacif. 54, 30, 1897.
Luneta de Galileo: GALILEI, G. “Siderius Nuncius” “Mensageiro das Estrêlas”, Tradução Livre, 1610. Referência localizada com Google Scholar, em um site específico para obras em Latim, The Latin Library.
Outra obra em Latim, interessante.Encontrada com WorldCat.
O Metal Antimônio, foi descoberto no século XV, 1492, (Links 2 , 3 , 4, ) (mas talvez foi só por volta de 1600, época das publicações, já que não se tem certeza em que época ele viveu). Pelo Alquimista Alemão Basile Valentin.
Dizem os Historiadores, provavelmente era um pseudônimo, por causa de perseguição, pois ele era um monge Beneditino. No século XVII, aventou-se a Hipótese de que Basile Valentin fosse o Alquimista Alemão Johann Jorge Thoide. Foi muito traduzido e estudado por vários outros Alquimistas e Cientistas. VALENTINI, B. “Cvrrus Trivmphallis Antimonii” “A Carruagem Triunfal do Antimônio.” Tradução Livre. editado em 1646. Outros Links: 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8. Tradução da “Carruagem do Antimônio” para o Alemão. MARR, J.H. “Aspectos Históricos do Ensino Superior de Química” Scient. Stud. 2, 33, 2004.
Outra obra de Basile Valentin, tradução francesa, de 1741. “Les Douze Clefs de Philosophie”, “As Dozes Chaves da Filosofia”.
Procurando no Archive.Org, achei um livro sobre a descoberta da capacidade de aumento das lentes, as “Dioptrias“, pelo Astrônomo Alemão Johannes Kepler. KEPLER, J. FRANCK, D. (Editor) “Dioptrice, seo Demonstratio Eorum…” 1611.
No Projeto Gutenberg, você achará, por exemplo, uma das Obras de Isaac Newton, onde ele descreve a “Lei da Gravidade”, as Leis da Gravitação Universal.
Dependendo da Área de seu Artigo, você precisará buscar mais dados. Difícil dar instruções gerais, por serem muitas áreas de pesquisa, mas em Química, pode precisar achar dados de compostos, exemplos, Estruturas Cristalinas . Muitos dados de compostos podem ser achados no ChemSpider, da Royal Society of Chemistry. Tamb[em no PubChem.
Espectros de Compostos, o principal site é SDBS, Spectral Database for Organic Compounds, do “National Institute of Advanced Industrial Science and Technology (AIST)”, Japão. Esse Banco de Espectros incorpora o antigo Sadler Spectra, em sua versão impressa. Também pode ver no SpectraBase.
Muitas referências antigas sobre compostos, podem ser achadas em Livros impressos.
Exemplo o Gmelin (inorgânicos) (Link 2) e o Beilstein. A Biblioteca do Conjunto das Químicas, no Instituto de Química da USP, tem. Você acha tudo, até a descoberta do composto. Outra fonte de informação impressa clássica é o Index Merck. Existe online, mas pesquisa bem simples.
Livro , exemplar meu: BUDAVARI, S e col. “The Merck Index”, Editor: Merck Co., Inc., Whitehouse Station, New York, USA, 25a Edição, 1996.
1.G. Teses Internacionais:
Para achar Teses, fora do Brasil: TEL; OATD; OpenThesis; Ethos, E-Thesis; ThesisHelp; RCAAP Portugal; ThesisScientist; Thèses da França;
2. SITES NACIONAIS.
2.A. Patentes Brasileiras:
O principal local para achar patentes brasileiras: Base das Patentes Brasileiras, Instituto Nacional da Propriedade Industrial, INPI.
Vamos dar um exemplo? Ir ao Site e pesquisar “Nióbio”.
Achará várias patentes, dentre elas, Processos de preparação de ligas de nióbio e tântalo. O Níóbio é um metal estratégico, antigamente caro e agora mais barato (veja: Links 1, 2 , 3), pois o Brasil tem as maiores reservas mundiais. FAJARDO, A,M.; FOLTZ, J.W. “Processo para Produzir Ligas de Tântalo e Ligas de Nióbio.” Patente Brasileira, BR 11 2018 )16691 0 A2, 2018.
2.B. Bancos de Dados Brasileiros, da América Latina e Caribe:
Acesso ao MedLine e BVS, Biblioteca Nacional de Saúde. LILACS:
É também possível, acessar o MedLine (veja Item 1.F), e também alguma Química e outras áreas a partir da BIREME, (Centro Latinoamericano e do Caribe, de Ciências de Saúde), através da BVS, Biblioteca Virtual de Saúde, Latinoamericana e Caribe.
Acesse o Site. Procurando por exemplo, “Ferrocene” (um organometálico de ferro, que eu pesquisei muito). FEDERMAN NETO, A.; PELEGRINO, A.D. DARIN, V.A.”50 Years of Transition Metal Organometallic Chemistry. From Organic and Inorganic, to Supramolecular Chemistry.” Trends Organomet. Chem. 4, 147, 2002. WERNER, H. “A Scientific Revolution, the Discovery of the Sandwich Complexes.” Landmarks in Organo Transition Metal Chemistry. 1, 2008.
Encontramos interessante Artigo sobre Metais em Medicina. SPENCER, J.; WALDEN, B. Future Med. Chem. 10, 607, 2018.
Outro exemplo, procurando “iodine”, encontramos uso de Povidona-Iodo e Clorohexidina, sucedâneos modernos da Tintura de Iodo: HERRUZO, R.; VISCAINO, M.J.; YELA, R. “Surgical Hand Preparation with Chlorohexidine Soap or Povidoen-Iodine….” J. Hosp. Infect. 98, 365, 2018.
Outro jeito de acessar a BVS, Biblioteca Virtual de Saúde,é por Este Portal .que acessa a Base de dados Sul e Latinoamericana da LILACS .
Acessamos e procuramos “Catarata”, achamos o interessante Artigo, sobre novas cirurgias modificadas para catarata: JACOB, S. “Different Methods in Chopping in Catarat Surgery.” Curr. Opin, Ophtalmol. 30, 25, 2019.
Portal CAPES:
Outra importante fonte de consulta para dados bibliográficos e de pesquisa: o Portal da CAPES.

O Portal CAPES é muito importante, porque ele cruza informação e acessa outras Bases de Dados. Veja quantas bases de dados… Em ordem alfabética e englobando muitas áreas, desde Agronomia, até Química, Eletrônica, Direito etc… Ele é um portal Federal, da CAPES e do MEC.
Tenha em mente porém, que alguns do recursos não são Livres e só podem ser acessados por pesquisadores de Universidades ou de Institutos de Pesquisas Oficiais.Vamos
Vamos dar mais um exemplo com o Portal CAPES. Acessamos o Portal e na busca por periódicos, usamos como palavra chave “benzene structure”, e pronto, achamos dois interessantes Artigos científicos versando sobre a estrutura de “Kekulé” estrutura do benzeno:

Clicando em cada um dos Artigos, eles podem ser acessados…. MERINO, G.; SOLÁ, M. “Celebrating the 150th Anniversary of the Kekulé Benzene Structure” Phys. Chem. Chem. Phys. 18, 11587, 2016. ROCKE, A.J. “It Began With a Day Dream: The 150th Anniversary of the Kekulé Benzene Structure” Angew. Chem. Int. Ed. 54, 46, 2015, Note que o portal CAPES, pelo menos nos locais onde há acesso (como nas Universitades, automáticamente linca o portal com as editoras, sites etc… Veja: Link 2 .
E História? Lendo um dos artigos acima, vemos que Kekulé publicou sua estrutura do benzeno, originalmente, em 1865, numa revista francêsa.
Aonde achamos essa revista impressa e digitalizada? Na BNF, a Biblioteca Nacional da França. Veja Item 1.A.
Eis o Artigo: KEKULÉ, A. “Sur la Constitution des Substances Aromatiques.” Bull. Soc. Chim. France, 3, 98, 1865.
Kekulé também publicou outro artigo sobre o benzeno. O Artigo completo não foi achado mas o resumo, sim: KEKULÉ, A. “Untersuchungen Uber Aromatische Verbindungen Ueber die Constitution der Aromatischen Verbindungen. I. Ueber di Constitution der Aromatischen Verbindungen. Estudos sobre Compostos Aromaticos e sua Constituição. I. Sobre a Estrutura dos Compostos Aromáticos. (Tradução Livre) J Liebig’s Ann. Chem Pharm. 137, 129, 1866.
Viram como o Portal CAPES é útil, para nós, pesquisadores? note que ele pode acessar Links Internacionais a partir de Links Nacionais.
SCIELO:
O Scielo é um outro Banco de dados principalmente de revistas científicas nacionais. Começo no Brasil, mas hoje engloba publicações da América do Sul, América Latina e Caribe.
Para achar publicações Brasileiras, é o que há. Destaco algumas Revistas: A Química Nova (por ser a principal revista científica de Química do Brasil); A Eclética Química (por ser a mais clássica revista de Química no Brasil, refundada em 1976) e os Arquivos do Instituto Osvaldo Cruz (por ser a revista científica brasileira mais conceituada). Outros Links: Química Nova, Ecletica Química e Memórias do Instituto Osvaldo Cruz. Começo da Química Brasileira, veja: na Revista de Educação Ponto de Vista: MILAGRES, LH.; CARVALHO, R.S. Rev Pont. Vis. 3, 27, 2002. (Outro Link).
Você pode procurar nas revistas, mas também direto no Scielo. Por exemplo, encontrei interessante Artigo sobre a nomeclatura de Química, no Brasil: LUNA, F.J. Quim. Nova, 36, 921, 2013. Outro Link). Na Ecletica Química, sobre a qualidade das pilhas: VIEIRA, L.H.C; SILVA, R.G.; SILVA, B.O.; HENRIQUE Jr., S.S.; CAMÂRA, S.C.; AFONSO, J.C. Eclet. Quim., 38, 9, 2013.
Outras Bases de Dados Nacionais:
Outras bases de dados menos conhecidas: SAGE, AGROBASE, Base da EMBRAPA, Alice, EBSCO, Livre, Portal de Periódicos de Acesso Livre; Portal da Revistas da USP; Portal da Busca Integrada da USP. Biblioteca Digital UNIREDENTOR.
2.C. Teses Nacionais:
Para achar Teses no Brasil: BDTD
2.D. Outros:
Várias Universidades e Bibliotecas disponibilizam as Teses e Dissertações defendidas nela, e outros documentos, como livros, periódicos, monografias, PDFs, quadros, manuscritos etc…
São muitas bibliotecas, mais fácil procurar numa busca geral, pela Tese ou Publicação naquela Universidade, porém, cito alguns repositórios:
da USP; COPPE; Pantheon UFRJ; BTTD; SiBi RJ; SiBi USP; Dedalus USP; Biblioteca Nacional, Brasil, Rio de Janeiro, também digital; Diversas Bibliotecas Digitais e seu acervo online. Hemeroteca Digital Brasileira. (Link 2). BDPI, Biblioteca Digital de Produção Intelectual da Universidade de São Paulo. Repositório do CRUESP, da USP.
Por exemplo, procurando “Alquimia” na Biblioteca Nacional Digital, achei um livro (cerca de 1300, republicado em 1548), feito do manuscrito original (por volta do ano 800 DC), atribuido ao Alquimista Árabe Jabi Ibni Hayan, o “Gabir” ou “Geber”. Texto: “The Alchimia Dialogi Dvo.”, 1548.
Geber foi um famoso pioneiro da Alquimia, Antes do elemento cromo ser descoberto, ele tratou químicamente vários minérios de cromo e os agrupou , como sendo todos do mesmo metal. Por essa razão, pode ser considerado um dos Pais da Metalurgia. Também, a ele se atribui a invenção do Alambique e a descoberta do Alcool, o Etanol.
Texto: “The Alchemia Dialogi. I.”, 1548. Obra atribuída a Geber. O livro foi feito a partir do manuscrito original, por volta de 1330, por um outro famoso Alquimista, o Catalão Raimundo Lullo, Foi republicado em 1548, por editores Franceses. Uma outra edição, Italiana (BRACCESCO, G. e GRATAROLO, G.), pode ser baixada neste Link. Para o volume II, veja este link.
Procurando na Hemeroteca Digital Brasileira, todos os períodos, todos os periódicos, a palavra chave “Pharmacia” (maneira antiga de escrever Farmácia) encontramos por exemplo os “Annaes Brasilienses de Medicina“, nos anos de 1851 a 1885.

Procurando pelo meu sobrenome, “Federman” no Repositório Cruesp, pode ser achado outro Artigo meu: FEDERMAN NETO, A.; SILVA, F.C; DIAS C.A.E.; DALTIN Jr., N. “Simple and Efficient Assembly fo Preparative FPhotochemistry.” Acta Scient. 24, 1591, 2002.
2.E. Procurar na Própria Revista ou Página:
Aqui, vai depender da área de pesquisa onde seu Artigo se enquadrar.
Em minha área, Química, sugiro que procure nos Anais da Academia Brasileira de Ciências . Link 2 Link 3.
Por exemplo, procurando por Autor, “Federman” achará um de meus Artigos: FEDERMAN NETO, A. MILLER, J. “Improved Synthesis of Arene Cyclopentadienyl Salts….” An. Acad. Bras. Cienc. 54, 331, 1982.
Anais da Associação Brasileira de Química, Link 2, No Link , poderá ver ou baixar alguns meus Artigos: CORDO, P.L.A.G; ZABAGLIA, M.S; GODOY, A.L.P.C.; CARDOSO, S.A; SILVA, M.L.A.; FEDERMAN NETO, A. An. Assoc. Bras. Quim. 52, 7, 2003. . FEDERMAN NETO, A. “Otimização da Desidratação de Éter Etílico.” An. Assoc. Bras. Quim., 49, 107, 2000.
Ciência e Cultura, Números posteriores a 2002 e anteriores. Link 2.
Por exemplos, achará o Artigo de José Reis: REIS, J. “Personalidades e Instituições. Instituto Biológico de São Paulo”, Ciênc. Cult. 28, 576, 1976, onde meu avô, Alberto Federman, que trabalhava no Instituto Biológico, é citado, na página 594. Ele é citado algumas vezes, em outros Artigos.
Procure neste Link, por “Ciẽncia e Cultura”, Alberto Federman. Também poderá achar outro dos meus Artigos: FEDERMAN NETO, A.; MILLER, J. “Alguns Novos Aspectos da Química do Areno Complexos de Ferro (II).” Ciênc. Cult. 36, 1765, 1984,
Sobre meu Avô, Alberto Federman, Leiam: MENDES, A. “Alberto Federmann, um Pioneiro Esquecido.”, Arquivos do Instituto Butantan, 166, 212, 2017. REBOUÇAS, M.M. e col., Cad. Hist. Ciênc. 5, 95, 1999. Link 2, 3 , 4 . Instituto Biológico, Wikipedia. REBOUÇAS, M.M. Pag. Inst Biol, 2007. VEIGA, R.F.A.; BARBOSA, W.; ABRAMIDES, P.L.G. “Diretório das Coleções Biológicas”, 2007. Laboratório de História da Arte, UFJF, Cinema Científico. 2018. SILVA, M.R.B. “Educando os Sentidos. B. J. Duarte e o Cinema Científico.” Anais do XXIV Simpósio Nacional de História. ANPUH, 2007. SILVA, M.R.B. “Um Filme vai à Medicina….” Rev. Est. Pós-Grad. Hist. Puc SP, 319, 2010. SILVA, M.R.B. “O Filme de Temática Científica…” Cad. Hist. Scienc. 3, 13, 2007 , “Exposições, Alberto Federman, Artista Plástico, 1914;” Enciclopédia Itaú Cultural, 2019. MENDES, R. “Barros Lobo, um Fotógrafo e Ativista…”, Paginas Negras, N030, 2019. ,GALST, N. “Tesouro Brasileiro na Internet”, 2009.
Além de Pesquisador em Fotomicrografia, Química Fotográfica e Defensivos Agrícolas, meu Avô foi um Fotógrafo Artístico, Artista Plástico e Pintor, em São Paulo, no século XX, entre 1914 e 1958, quando faleceu.
Revistas Internacionais, também as há. Um exemplo é a antiga Pure & Applied Chemistry, Links: 2, 3. publicada pela IUPAC.
Esses exemplos mostram que você também pode procurar Artigos na Revista ou nas Home Pages, diretamente.
Existe também um Site, o Portico, que reune as publicações de várias revistas que não existem mais. Exemplo, meus Artigos em Metal Based Drugs: SILVA, M.L.A.; FEDERMAN NETO, A.; CARDOSO, S.A.; ALBUQUERQUE, S.; MILLER, J. Metal Based Drugs, 8, 329, 2002. SILVA, M.L.A.; FEDERMAN NETO, A.; MILLER, J. Metal Based Drugs, 6, 25, 1999.
2.F. Sites Especiais:
Cumpre salientar, mais alguns Sites especiais. Há vários.
Nós os Químicos, mormente os especialistas, como eu, em Química Orgânica Sintética, Síntese Orgânica (Link 2) e Química Preparativa, usamos muito. é o Site Organic Syntheses, que reporta online, centenas de preparações de compostos orgânicos de interesse como materiais de partida. Outros Sites parecidos: PowerLabs, PrepChem, e havia o fantástico Site Thomas Chemistry, que reporta muitos procedimentos detalhados de Síntese Orgânica e Química Preparativa, tanto Orgânica como Inorgânica. Infelizmente, desativado.
Em compostos inorgânicos, importante consultar em papel, o importante e clássico Livro: BRAUER, G. “Handbook of Preparative Inorganic Chemistry“. Existem versões online: Links: 1, 2. 3, 4, 5, 6, 7, 8. 9, 10, 11, 12, 13, 14,. Minhas Versões Impressas: BRAUER, G. (Editor) RILEY, E.D. (Tradutor, Scripta Technica, INC)) “HandBook of Preparative Inorganic Chemistry.” 2a Edição, Vols. 1 e 2, Academic Press, New York, 1965.
O Grupo Tchê Química é um grupo formado por alguns professores do Rio Grande do Sul, com o intuito de divulgar a a Química Livre. Eles editam interessante Revista, a Revista Tchê Química. Outros Periódicos de Química, interessantes: A Revista Virtual de Química, a Química e Derivados, Química Virtual, Revista de Pesquisa Interdisciplinar, RPI,
No Portal do Clube da Química, você achará bom número de Livros Livres, principalmente E-Books. Também pode procurar Livros para Download nos Sites Domínio Público, Lê Livros, E-Livros, Lendo.Org, Catraca Livre, Estante Galileu, E-Livros, Baixe Livros, Universia, Bibliomania Brasil, Noe-Books, BookBoom, GCE Compilation, Good Reads, Vedantu, EPDF, E-Book Downloads, V-Documents, Chem Libre Texts, Book Depository, Revolvy, PT-Docs, OverDrive, Open Library, Erowid, Acervo Digital, Issuu, Free Book Centre, Chemistry.com.pk, E-Books Directory, E-Book 3000, There Library, NWC Books, Scientific Research, New Books, TraDL. 123Doc,
Outro local bom para você achar livros online, é uma banco de dados da Universidade da Pensilvânia, EUA. Muitos livros digitalizados. Online Books Library Upenn.
3. OBJETIVO, RESUMO E CONCLUSÃO.
O presente Artigo tem como Objetivo Principal facilitar a tarefa de busca de Referências Bibliográficas para Artigos Científicos, Técnicos e Históricos.
Descreve e detalha os principais recursos digitais e online, para encontrar referências bibliográficas para Relatórios, Artigos Técnicos e Científicos, Teses, Dissertações, Monografias e TCCs, Trabalhos de Conclusão de Curso.
Incluem-se Bibliotecas Nacionais e Internacionais, Sites, Bancos de Dados, Mecanismos de Busca etc…
Ao longo do Artigo, vários exemplos são dados de aplicações dessas buscas de referências, com ênfase em Química, Eletrônica e História da Ciência.
Entre esses exemplos, cito alguns trabalhos meus e falo do trabalho do meu Avô, Alberto Federman.
Artigo escrito em Sistema Operacional Sabayon Linux, com Editor clássico do WordPress, em Navegador Firefox Experimental Nightly, 68 Alfa 1.